The Legend of Zelda: Ocarina of Time é o jogo mais bem avaliado na história segundo o Metacritic
Lançado originalmente em 1998 para o Nintendo 64, The Legend of Zelda: Ocarina of Time não apenas marcou uma geração, como também se consagrou como o jogo mais bem avaliado da história segundo o Metacritic, com impressionantes 99 pontos. Sendo assim, 27 anos depois, surge a pergunta: ainda vale a pena jogar? A resposta envolve nostalgia, inovação atemporal e algumas limitações naturais de seu tempo.
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Uma revolução em forma de cartucho
Na época de seu lançamento, Ocarina of Time redefiniu o que significava jogar em 3D. Link ganhou um mundo vasto e interconectado, com ciclo de dia e noite, mas também com uma jogabilidade inovadora para a época.
Além disso, o sistema de mira com o botão Z — o famoso Z-targeting — foi uma inovação essencial que influenciou diversos jogos posteriores. Dessa forma, o combate ganhou fluidez, e a câmera passou a colaborar com o jogador em vez de atrapalhá-lo, algo raro na era dos 32/64 bits.
Ainda mais impressionante foi o modo como a Nintendo introduziu um mundo que reagia às suas ações. As pessoas em Hyrule tinham rotinas, o tempo afetava o ambiente e, sobretudo, o uso da ocarina para interagir com o mundo adicionava uma camada de profundidade jamais vista até então.

O enredo continua encantador
Mesmo após quase três décadas, a narrativa de Ocarina of Time ainda se mantém cativante. Você controla Link, um jovem da floresta que recebe uma missão dos deuses para impedir a ascensão de Ganondorf. A história evolui com uma virada icônica: a transição entre o jovem e o adulto Link.
Além disso, essa mudança afeta profundamente o mundo ao seu redor, transformando a pacata Hyrule em um reino sombrio e ameaçado. O salto temporal não só modifica os personagens e cenários, mas também traz novos desafios, itens e segredos — tornando a experiência dupla, e ao mesmo tempo coesa.
Ainda assim, vale destacar que, mesmo com a simplicidade de diálogos e algumas limitações técnicas, a história continua sendo uma das mais emocionantes da franquia Zelda. O jogo fala sobre amadurecimento, perda da inocência e sacrifício, o que ressoa com públicos de todas as idades.
Jogabilidade: envelheceu bem?
Essa é a pergunta que divide opiniões. Por um lado, Ocarina of Time apresenta uma estrutura sólida e bem planejada. Os templos continuam sendo desafiadores e criativos, e os itens obtidos ao longo da jornada (como o Hookshot, os Bombs e o Bow) ainda funcionam com precisão.
No entanto, é importante reconhecer que o jogo tem seus entraves. A câmera, apesar de revolucionária na época, pode parecer limitada hoje. Além disso, a movimentação de Link tem uma certa rigidez que contrasta com os controles mais responsivos dos jogos atuais.
Ainda mais notável é o ritmo do jogo. Muitos momentos exigem paciência, especialmente nas áreas em que o backtracking é constante. A falta de orientação pode frustrar jogadores menos acostumados com jogos antigos. No entanto, fãs de experiências mais contemplativas e desafiadoras tendem a enxergar isso como um charme extra.

A versão definitiva: Ocarina of Time 3D
Se você pretende jogar o título hoje, vale considerar a versão remasterizada lançada para o Nintendo 3DS. Ela corrige boa parte dos problemas técnicos do original:
– gráficos atualizados;
– interface mais limpa;
– mira aprimorada com o giroscópio;
– melhorias de qualidade de vida, como acesso rápido a itens.
Além disso, o remake oferece o modo Master Quest, com dungeons invertidas e inimigos mais difíceis. Dessa forma, até veteranos encontram novos desafios. Ainda que o 3DS esteja descontinuado, muitos jogadores o consideram a forma definitiva de reviver a jornada de Link.
Trilha sonora: emoção em cada nota
Koji Kondo criou uma das trilhas sonoras mais memoráveis da história dos videogames. O uso da ocarina como mecânica de gameplay contribui diretamente para essa imersão.
Canções como “Zelda’s Lullaby”, “Epona’s Song” e “Song of Time” não são apenas belas melodias — elas têm função prática, transportando o jogador no tempo ou abrindo passagens secretas.
Ainda mais impressionante é como a música reage ao ambiente. No Templo da Floresta, por exemplo, sons distorcidos e ecos reforçam o clima misterioso. Já no Mercado de Hyrule, o tema alegre destaca o contraste entre os momentos antes e depois da ascensão de Ganondorf.

Gráficos: limitação ou estilo?
Em 1998, Ocarina of Time foi considerado uma obra-prima gráfica. Contudo, com o passar dos anos, os polígonos ficaram mais evidentes, as texturas parecem simples e as animações, um tanto robóticas.
No entanto, o estilo artístico ainda se sustenta. As cores vibrantes, os efeitos de luz ao nascer do sol e o design icônico dos personagens continuam marcantes. Dessa forma, o jogo não perde completamente seu impacto visual — especialmente se você jogá-lo com filtros gráficos via emulador ou através do 3DS.
Legado: um divisor de águas
O impacto de Ocarina of Time vai muito além da nostalgia. Jogos como Dark Souls, The Witcher 3, Breath of the Wild e até Elden Ring carregam traços de sua estrutura, filosofia de design e senso de descoberta.
Além disso, a própria Nintendo se inspirou nele para criar novas iterações da franquia. Twilight Princess e Skyward Sword, por exemplo, seguem a base criada em 1998. Dessa forma, é impossível negar que o título moldou os alicerces dos jogos 3D modernos.
Ainda mais significativo é o carinho que fãs de diferentes gerações sentem por essa obra. Cosplays, remixes, speedruns e fan arts continuam surgindo todos os anos. Mesmo em 2025, Ocarina of Time mantém sua relevância cultural e emocional.
Ainda vale a pena?
Sim, The Legend of Zelda: Ocarina of Time ainda vale muito a pena, mesmo após 27 anos. No entanto, é importante escolher a versão correta e ajustar as expectativas.
Se você busca uma aventura densa, com enigmas bem projetados e um mundo cheio de segredos, dificilmente encontrará algo tão influente quanto essa obra. Além disso, o jogo serve como uma aula de design, mostrando como a Nintendo criou uma base sólida sem depender de gráficos ultrarrealistas ou mundos imensos.
Sendo assim, Ocarina of Time não é apenas uma viagem ao passado — é um lembrete poderoso de que, quando se trata de boas ideias, o tempo não enfraquece. Ele apenas aprimora o legado.
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