Morte, vingança e lágrimas: The Last of Us atinge seu ápice emocional no episódio 2

Morte, vingança e lágrimas The Last of Us atinge seu ápice emocional no episódio 2

Segundo episódio de The Last of Us não é para os fracos

 Eu preciso ser direto: o segundo episódio da segunda temporada de The Last of Us é, sem exageros, absurdo. Enquanto o primeiro episódio teve alguns momentos questionáveis que me deixaram com o pé atrás, este segundo capítulo me atingiu em cheio com tudo que eu esperava – e muito mais. É triste, intenso, violento e extremamente bem executado.

<<CLIQUE AQUI PARA ENTRAR EM NOSSOS GRUPOS NO WHATSAPP E RECEBA NOTÍCIAS NA PALMA DA SUA MÃO>>

Um começo aparentemente calmo

 O episódio começa de forma mais contida, com Jesse acordando Ellie pela manhã para uma patrulha. Essa mudança em relação ao jogo me chamou atenção. Lá, como todos sabemos, Ellie faz essa patrulha com Dina. No entanto, aqui ela sai com Jesse, enquanto Dina já está em campo com Joel. Outra diferença significativa é a ausência de Tommy nessa missão, já que ele está em Jackson, coordenando os preparativos contra uma possível horda de infectados que, como já era de se esperar, realmente chega.

 Essa decisão de colocar Jesse como o parceiro de Ellie na patrulha foi interessante. A química entre os dois é boa, e as conversas rápidas que eles têm servem para desenvolver ainda mais a personagem da Ellie. Ela claramente queria ter ido com Joel. Fica evidente que ela estava tentando reconstruir o laço entre eles, o que só aumenta a carga emocional do episódio.

Abby em destaque

 Além disso, o episódio também aprofunda a personagem da Abby. Vemos um pouco mais do seu grupo e relances do seu passado. E apesar de muitos já saberem o que está por vir, é impossível não sentir um certo nó na garganta ao ver como tudo se encaminha. A decisão de fazer com que Abby, sozinha, siga Joel e Dina pela neve e acabe caindo acidentalmente sobre um “cemitério” de infectados congelados, é simplesmente genial.

 Esse momento muda completamente o ritmo do episódio. A nevasca, o silêncio e a tensão fazem a cena explodir em um caos completo. A horda acorda e, desesperada, começa a persegui-la. É aí que Joel e Dina a salvam – uma sequência que, apesar das alterações, se mantém bastante fiel ao jogo. Dessa forma, os três seguem juntos até o esconderijo do grupo de Abby.

Imagem-principal-abby-the-last-of-us
Reprodução: HBO

A conexão do fungo e a ameaça a Jackson

 Enquanto isso, em Jackson, outro erro custa caro. Os soldados, ao investigarem raízes do fungo, acabam ativando outra horda. Como a série já explicou desde a primeira temporada, os infectados estão conectados por esse sistema de fungos subterrâneo. Isso faz com que ambas as hordas – a de Abby e a de Jackson – se unam em um ataque massivo à cidade.

 A cena da defesa de Jackson é, sem dúvidas, uma das melhores sequências de ação da série até agora. Explosões, tiroteios nas muralhas, gritos, desespero e tensão por todos os lados. Tommy lidera a resistência de forma brutal. Ver ele correndo para o centro da cidade, pegando um lança-chamas e enfrentando o Baiacu é absolutamente insano. Eu estava com o coração na mão, torcendo por cada segundo.

 

A brutalidade sem filtros

 Porém, nada se compara à sequência mais esperada – e temida – do episódio: a morte de Joel. Ainda mais brutal que no jogo, o momento é trabalhado com um cuidado emocional absurdo. A Abby, dessa vez, tem mais falas. O diálogo entre ela e Joel é longo, doloroso e impactante. A atuação de Kaitlyn Dever e de Pedro Pascal é algo fora da curva. É impossível não se arrepiar.

 Dina, nesse momento, não tem grande participação. Abby a rende rapidamente e deixa claro que não quer matá-la. Todo o foco é em Joel. E quando o taco de golfe entra em cena, é como se o tempo parasse. Aqui, diferente do jogo, Abby finca o pedaço quebrado do taco na cabeça de Joel com uma frieza assustadora, e simplesmente o abandona ali, sangrando no chão.

Morte, vingança e lágrimas The Last of Us atinge seu ápice emocional no episódio 2-2
Reprodução: HBO

O momento mais triste da franquia

 A chegada de Ellie à cabana é um dos momentos mais comoventes que já vi em qualquer série. Ao ver Joel naquele estado, ela se arrasta até ele, tira o pedaço do taco da cabeça dele e apoia sua cabeça sobre a dele, chorando de forma desesperada. Bella Ramsey simplesmente destrói qualquer dúvida que alguém pudesse ter sobre sua capacidade de carregar essa temporada. Eu fiquei completamente em choque.

 Além disso, a trilha sonora que acompanha essa cena final é linda e devastadora. O episódio termina com Abby e seu grupo indo embora, Jesse levando Dina, Ellie e o corpo de Joel de volta para Jackson – agora, completamente destruída.

Imagem-principal-the-last-of-us-3
Reprodução: HBO

Uma direção impecável

 O trabalho de direção nesse episódio é cirúrgico. Os cortes são precisos, a fotografia é sombria e melancólica, e a ambientação da nevasca cria uma sensação constante de perigo e solidão. Tudo colabora para o impacto emocional da história. A forma como os criadores decidiram adaptar esses eventos do jogo me surpreendeu positivamente. Apesar das mudanças, o espírito da narrativa original permanece intacto – e em alguns momentos, eu diria até mais forte.

Uma obra de arte dolorosa

 Sendo assim, posso afirmar com todas as letras que esse segundo episódio é uma obra-prima dolorosa. Ele entrega tudo que um fã da franquia poderia esperar e ainda mais. A forma como ele constrói a tensão, a maneira como desenvolve os personagens e o impacto emocional que provoca são raríssimos de se ver em qualquer série.

 Ainda mais importante: esse episódio faz você querer vingança. Faz com que a jornada de Ellie em busca de justiça ganhe ainda mais força. Eu terminei o episódio arrasado, mas ao mesmo tempo, com o coração batendo forte de ansiedade para ver o que vem pela frente em The Last of Us.

The-Last-of-Us-3
Reprodução: HBO

 Acompanhe todas as informações do mundo dos games aqui no Game Notícias.

Compartilhe nas redes sociais:

Facebook
Twitter
WhatsApp

Conteúdos Recentes: