The Last of Us: Terceiro episódio vira “filler” e decepciona na 2ª temporada

The Last of Us Terceiro episódio vira filler e decepciona na 2ª temporada

Episódio é totalmente diferente do que vimos no jogo de The Last of Us

​ Depois do segundo episódio brutal, visceral e simplesmente arrasador de The Last of Us, eu confesso que esperava que a série continuasse naquele ritmo intenso. No entanto, o terceiro episódio, que foi exibido neste domingo (27), me decepcionou profundamente. Sendo assim, é impossível não compartilhar minha frustração com o que vi. O episódio “The Path” se afasta de tudo que a série havia construído até agora, entregando uma narrativa arrastada, desconectada e sem o peso emocional que esperávamos.

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Uma mudança de foco sem impacto

 Logo de início, ficou claro que o episódio queria construir algo diferente. Ainda assim, a escolha de focar apenas na transição emocional de Ellie, em vez de lidar com as consequências diretas da morte de Joel, me soou como uma decisão extremamente equivocada. Afinal, depois de um dos momentos mais chocantes da série, ignorar a profundidade desse trauma apenas para avançar a história me pareceu forçado e desrespeitoso.

 Além disso, a construção emocional de Ellie ficou rasa. Por mais que a série tenha tentado mostrar sua dor, eu senti que as cenas eram apressadas e incapazes de capturar a verdadeira devastação que deveria existir. Dessa forma, o que era para ser um episódio pesado e memorável, acabou se tornando apenas uma ponte frágil entre dois momentos muito melhores.

O episódio parece um grande filler

 O pior é que “The Path” se desenrola como um verdadeiro filler. Embora introduza novos personagens como os Serafitas e tente aprofundar a relação entre Ellie e Dina, o ritmo é tão lento que me tirou completamente da imersão. Ainda mais frustrante é ver como situações que poderiam ser tensas se tornam apenas meras formalidades narrativas, sem emoção real.

 No entanto, o que mais me incomodou foi a sensação de que absolutamente nada de relevante aconteceu. A ameaça dos Serafitas, que poderia ser uma adição interessante ao universo da série, é apenas jogada na tela sem muito desenvolvimento. Dessa forma, o episódio deixa aquela amarga sensação de tempo desperdiçado.

 

A falta de consequências reais

 Outro ponto que me irritou profundamente foi a maneira como a morte de Joel foi tratada. Ainda mais grave do que a falta de luto de Ellie, foi o fato da cidade de Jackson praticamente seguir sua vida como se nada tivesse acontecido. Sendo assim, a ausência de impacto emocional coletivo me pareceu surreal, desconectada da lógica interna da própria série.

 Enquanto no episódio anterior tudo indicava que a perda de Joel seria um divisor de águas para todos, aqui parece que resolveram ignorar completamente a gravidade da situação. Dessa maneira, qualquer peso dramático que poderia impulsionar a história simplesmente evaporou.

Ellie, Dina e personagens mal utilizados

 Embora eu adore a química entre Ellie e Dina, preciso dizer que neste episódio a relação delas ficou muito superficial. Além disso, as conversas que deveriam aprofundar os sentimentos de culpa, medo e raiva de Ellie acabaram sendo genéricas e pouco inspiradas.

 Ainda mais decepcionante foi a introdução dos Serafitas. Eles aparecem como uma ameaça quase mística, mas sem contexto suficiente para que o espectador realmente sinta medo ou curiosidade. No entanto, é óbvio que a série quer que compremos essa nova ameaça imediatamente, o que simplesmente não funciona sem uma construção adequada.

Ritmo arrastado e decisões questionáveis

 Dessa forma, o ritmo do episódio se torna um problema gigantesco. Muitas cenas se arrastam por minutos sem que nada relevante aconteça. Além disso, a direção optou por focar em pequenos detalhes que não acrescentam nada de novo ao que já sabemos. Sendo assim, o episódio se torna cansativo e previsível, algo que definitivamente não deveria acontecer em uma série com esse nível de qualidade.

 Ainda assim, a fotografia e a trilha sonora continuam impecáveis. No entanto, nem mesmo esses aspectos técnicos conseguem salvar o terceiro episódio de ser o mais fraco até agora.

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