Apesar dos elogios da crítica especializada, The Last of Us da HBO enfrenta resistência de parte do público por abordar certos temas
A tão aguardada segunda temporada de The Last of Us chegou com força total, entregando episódios impactantes, personagens mais complexos e momentos que reverberam entre os fãs mais apaixonados. No entanto, ainda que o roteiro tenha mantido sua qualidade e a direção continue sólida, a produção da HBO agora enfrenta uma nova onda de críticas negativas — muitas delas sem fundamento narrativo.
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Contraste entre crítica e público
Desde o primeiro episódio da nova temporada, a série conquistou novamente os veículos especializados. No Metacritic, por exemplo, The Last of Us recebeu o selo de “imperdível”, com mais de 40 avaliações positivas de críticos renomados. Ainda assim, o público demonstrou uma reação completamente oposta. De forma preocupante, mais da metade das avaliações de usuários deram notas baixíssimas, muitas vezes sem apresentar argumentos reais.
Sendo assim, surge um contraste gritante: enquanto jornalistas celebram a construção emocional e a fidelidade ao espírito do jogo, usuários parecem mais preocupados com a representatividade no elenco do que com a qualidade da trama em si.

Cultura “woke” e preconceito disfarçado de opinião
Grande parte dos comentários negativos apresenta um padrão evidente. Em vez de apontar falhas técnicas, narrativas ou de atuação, as mensagens focam em um incômodo com temas sociais como diversidade, sexualidade e inclusão. Além disso, frases como “podemos ter apenas personagens héteros?” aparecem com frequência, revelando o verdadeiro motivo por trás do bombardeio de críticas.
Ainda mais preocupante é que esse comportamento não é novidade. Na primeira temporada, o episódio que focava na relação entre Bill e Frank também foi alvo de ataques semelhantes. Curiosamente, esse mesmo capítulo foi amplamente premiado, inclusive rendendo um Emmy a Nick Offerman.
Episódios que resgatam o jogo — e incomodam por isso
No episódio mais recente, os fãs puderam reviver momentos icônicos da obra original. Ellie e Dina, por exemplo, compartilham uma cena íntima que remete diretamente ao jogo, enquanto enfrentam juntos os perigos do mundo pós-apocalíptico. Dessa forma, a série reafirma sua intenção de adaptar, e não apenas copiar, os eventos do material original.
Porém, mesmo quando a série se mantém fiel ao jogo, as críticas continuam. Personagens como Isaac Dixon, cuja história foi expandida com novos elementos dramáticos e visuais chocantes, também foram alvos de reprovação — apesar de sua importância crescente no universo da narrativa.

A guerra de avaliações continua
Não é a primeira vez que uma produção de alto nível enfrenta resistência por tentar representar o mundo real com mais pluralidade. No caso de The Last of Us, essa resistência parece se repetir de forma cíclica. Apesar disso, a audiência segue alta, e a HBO já confirmou a produção da terceira temporada.
Ainda assim, é impossível ignorar o ruído causado por essas críticas infundadas. Dessa forma, a equipe da série se vê diante de um desafio duplo: manter a qualidade artística da obra e, ao mesmo tempo, resistir ao preconceito travestido de opinião.
The Last of Us continua sendo um marco da televisão contemporânea. A segunda temporada, embora alvo de críticas barulhentas por parte do público mais conservador, mantém seu compromisso com uma narrativa forte, emocional e fiel ao espírito do jogo original. Sendo assim, cabe ao público discernir entre uma opinião legítima e ataques movidos por intolerância.
Fonte: Gamespot
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