Você jogaria Avowed Multiplayer?
Avowed, o mais novo RPG da Obsidian, chegou recentemente ao mercado e já vem conquistando os jogadores com seu mundo semiaberto e uma narrativa envolvente. No entanto, a trajetória do jogo poderia ter sido bem diferente. Antes de sua reformulação, Avowed estava sendo desenvolvido como um MMORPG, algo que certamente teria mudado completamente a experiência final. Sendo assim, vamos explorar como essa mudança aconteceu e quais foram os impactos na produção do jogo.
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A ideia original: um MMO ambicioso
A proposta inicial de Avowed era bastante ousada. Segundo relatos recentes, o jogo foi concebido como um MMO, apelidado internamente de “Skyrim Multiplayer”. A ideia era criar um vasto mundo compartilhado, onde jogadores poderiam explorar, lutar e interagir uns com os outros em um universo dinâmico.
No entanto, criar um MMORPG nos dias de hoje não é tarefa fácil. A indústria já está repleta de jogos desse gênero, muitos dos quais enfrentam dificuldades para manter uma base de jogadores engajada a longo prazo. Além disso, desenvolver um mundo online persistente exige um investimento substancial em servidores, balanceamento de jogabilidade e suporte contínuo. Dessa forma, a Obsidian percebeu que talvez essa não fosse a melhor abordagem para o projeto.
A grande mudança em 2021
Em 2021, uma decisão crucial foi tomada: Avowed passaria por uma reformulação completa. Esse processo aconteceu após a aquisição da Obsidian pela Microsoft, o que trouxe novos recursos e possibilidades para o estúdio. Em vez de seguir o caminho de um MMO, os desenvolvedores optaram por transformá-lo em uma experiência single-player, mais alinhada com títulos anteriores do estúdio, como The Outer Worlds e Pillars of Eternity.
Essa mudança não foi apenas uma questão de jogabilidade, mas também de escopo e viabilidade. Criar um RPG single-player permite maior controle sobre a narrativa e o design do mundo, algo que sempre foi um dos pontos fortes da Obsidian. Além disso, a reformulação ajudou a evitar as armadilhas comuns dos MMOs, como a dependência de servidores ativos e a necessidade constante de atualizações massivas.
Mundo aberto ou estrutura baseada em zonas?
Outra grande mudança no desenvolvimento de Avowed foi a transição de um mundo totalmente aberto para uma estrutura baseada em zonas. Inicialmente, o jogo estava sendo planejado para oferecer uma exploração livre, semelhante à de títulos como The Elder Scrolls V: Skyrim. No entanto, a equipe percebeu que essa abordagem exigiria recursos que poderiam comprometer a qualidade da experiência geral.
A solução encontrada foi adotar um design semelhante ao de The Outer Worlds, onde os jogadores exploram diferentes áreas interconectadas, mas sem um único mapa totalmente aberto. Ainda mais, essa decisão permitiu um maior controle sobre a narrativa e o ritmo da progressão do jogador, garantindo que cada zona tivesse um design mais refinado e detalhado.
O impacto na identidade do jogo
Com todas essas mudanças, Avowed passou de um projeto incerto para uma visão mais clara e definida. Ao abandonar o conceito de MMO e se concentrar em uma experiência single-player imersiva, a Obsidian conseguiu manter sua identidade como desenvolvedora de RPGs profundos e bem escritos.
Além disso, essa reformulação permitiu que a equipe aplicasse todo o conhecimento adquirido em seus projetos anteriores. The Outer Worlds, por exemplo, serviu de inspiração para a estrutura das zonas, enquanto elementos narrativos de Pillars of Eternity ajudaram a fortalecer a construção do mundo e dos personagens.
O futuro de Avowed
Com o jogo já disponível e recebendo feedback dos jogadores, a pergunta que fica é: qual será o futuro da franquia? Carrie Patel, diretora do jogo, sugeriu que a equipe da Obsidian está interessada em expandir esse universo. Dessa forma, não seria surpresa ver futuras expansões ou até mesmo uma sequência explorando novas possibilidades dentro desse mundo riquíssimo.
Por enquanto, os jogadores podem aproveitar a jornada épica que Avowed oferece. Mesmo que tenha começado como um MMO, a decisão de transformá-lo em um RPG single-player pode ter sido a melhor escolha para garantir sua qualidade e longevidade. No entanto, fica a curiosidade: como seria um “Skyrim Multiplayer” desenvolvido pela Obsidian? Talvez nunca saibamos, mas o que temos agora já é um grande acerto.
Fonte: InsiderGaming
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