Alguns jogos de US$ 80 são uma “pechincha” para ex-executivo da PlayStation
Em meio às discussões sobre os altos preços dos jogos, uma declaração surpreendente reacendeu o debate: para Shuhei Yoshida, ex-presidente da PlayStation, pagar US$ 80 por um jogo pode ser mais vantajoso do que parece. Segundo ele, essa quantia pode representar uma verdadeira pechincha — desde que o jogo entregue conteúdo de qualidade.
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O valor do entretenimento está mudando
Yoshida não apenas defendeu os preços mais altos, como também sugeriu que o aumento já estava atrasado. Para ele, considerando que diversos produtos subiram de preço com o tempo, era natural que os games acompanhassem essa tendência. Sendo assim, ele acredita que a indústria demorou para ajustar a estrutura de preços.
Além disso, o executivo comparou os valores atuais com os praticados nos anos 90. Naquela época, muitos lançamentos custavam cerca de US$ 60. Ajustando pela inflação, esse valor equivale aos US$ 80 cobrados por alguns títulos em 2025. Dessa forma, o aumento não seria exatamente um exagero, mas sim uma correção de rota.

Nem todo jogo vai custar mais caro
No entanto, Yoshida também deixou claro que nem todos os títulos seguirão essa faixa de preço. Ele ressaltou que os estúdios devem precificar os jogos com base no valor percebido e na proposta de cada projeto. Ou seja, jogos com escopo mais modesto podem ser lançados por valores menores — como é o caso de Mafia: The Old Country, que custará US$ 50 para atingir um público maior.
Ainda mais, ele destacou que existe uma enorme diferença entre títulos independentes, produções AA e superproduções AAA. Por isso, o mercado continuará oferecendo opções para todos os bolsos.
Jogos longos e bem-feitos justificam o preço
A principal defesa de Yoshida gira em torno do que ele chama de “qualidade da experiência”. Para ele, se um jogo entrega dezenas de horas de diversão, gráficos de ponta, jogabilidade refinada e narrativa envolvente, então US$ 80 é um valor mais do que justo. Em comparação com outras formas de entretenimento, como cinema ou streaming, os games oferecem muito mais tempo de envolvimento por dólar investido.
Ainda assim, ele reconhece que nem todos os consumidores aceitarão esses aumentos de forma passiva. Por isso, acredita que cabe a cada pessoa decidir com cautela onde colocar seu dinheiro.

Nintendo e Xbox seguem a mesma linha
A fala do ex-líder da PlayStation encontra eco em outras gigantes da indústria. A Nintendo, por exemplo, defendeu o valor de Mario Kart World, que será lançado por US$ 80, afirmando que o conteúdo oferecido justifica o preço. Já a Microsoft confirmou que também adotará o valor mais alto em alguns de seus futuros lançamentos.
Por outro lado, empresas como a Electronic Arts garantem que não seguirão esse caminho — ao menos por enquanto. Dessa forma, a indústria segue dividida, com algumas editoras testando os novos preços e outras adotando uma postura mais conservadora.
Preço pode refletir valor — mas depende do jogo
Shuhei Yoshida encerrou seu argumento reforçando que não se trata apenas de número. Segundo ele, é o valor entregue por cada jogo que deve determinar o preço. Sendo assim, um título memorável, inovador e com alto nível de polimento pode sim valer US$ 80 — ou até mais.
Porém, essa visão exige uma mudança na forma como os jogadores encaram seus investimentos. Afinal, ao considerar o custo por hora de diversão e a profundidade das experiências interativas, talvez os jogos mais caros realmente não sejam tão caros assim.
Fonte: Gamespot
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