Falta de tempo? Mais de um terço dos jogadores jogam menos de 5 horas por semana

Falta de tempo Mais de um terço dos jogadores jogam menos de 5 horas por semana

O portal Media Research realizou a pesquisa sobre como os jogadores usam seu tempo

 O mercado de games enfrenta um desafio significativo: os jogadores estão com cada vez menos tempo para se dedicar a grandes aventuras. Uma pesquisa recente da MIDiA Research revelou um dado impressionante: mais de um terço dos jogadores de console e PC jogam menos de cinco horas por semana. Sendo assim, a indústria precisa repensar suas estratégias para atender a esse público cada vez mais ocupado.

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O tempo livre está no limite

 Os games competem não apenas entre si, mas com diversas outras formas de entretenimento, como redes sociais, streaming e até mesmo atividades do dia a dia. Além disso, a economia da atenção está cada vez mais saturada, tornando a disputa pelo tempo do jogador ainda mais acirrada.

 Os dados da pesquisa mostram que, em média, os jogadores de console dedicam cerca de 10 horas semanais aos games, enquanto os jogadores de PC ficam um pouco abaixo disso. Ainda mais preocupante, dois terços desses jogadores jogam menos de 10 horas por semana, o que reforça a necessidade de mudanças na forma como os jogos são planejados e consumidos.

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Reprodução: Sony

O impacto nos grandes lançamentos

 Os jogos AAA exigem anos de desenvolvimento e orçamentos astronômicos. No entanto, com a atenção dos jogadores cada vez mais fragmentada, fica a dúvida: será que todo esse investimento vale a pena? Muitos desses títulos contam com campanhas longas e vastos mundos abertos, mas nem todos conseguem chegar até os créditos finais.

 No entanto, isso não significa que grandes RPGs ou experiências imersivas devam desaparecer. O problema está na falta de flexibilidade para quem não tem tantas horas livres. Dessa forma, dar ao jogador opções para concluir a história em menos tempo pode ser uma alternativa viável.

 

A ascensão dos jogos mais curtos

 Jogos mais curtos podem ser uma resposta para esse dilema. A pesquisa destacou que há uma correlação direta entre a duração do jogo e sua taxa de conclusão. Em outras palavras, quanto maior o jogo, menor a probabilidade de o jogador terminá-lo. Além disso, a falta de tempo faz com que muitos jogadores simplesmente desistam de encarar títulos muito longos.

 Assim, um formato mais enxuto pode tornar os games mais acessíveis para quem tem uma rotina apertada. O RPG Avowed, da Obsidian, por exemplo, oferece uma escolha ao jogador: ele pode finalizar a história principal em 15 horas ou explorar todo o conteúdo por mais de 40 horas. Esse tipo de abordagem pode se tornar uma tendência no mercado.

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Reprodução: Xbox

Serviços de assinatura e o excesso de opções

 Outro ponto relevante é o impacto desse comportamento no sucesso de serviços como Game Pass e PlayStation Plus. Os jogadores já têm um catálogo vasto de jogos disponíveis, mas poucos conseguem aproveitar tudo o que essas plataformas oferecem. Dessa forma, a estagnação no crescimento das assinaturas pode estar diretamente relacionada à falta de tempo para jogar.

 Ainda assim, as empresas precisam buscar maneiras de manter o engajamento dos assinantes. Estratégias como incluir jogos mais curtos e experiências episódicas podem ser uma solução para manter os jogadores ativos sem sobrecarregá-los.

O futuro dos games: inovação e adaptação

 O mercado de games atingiu um ponto de maturidade no qual o crescimento acelerado já não é mais uma realidade. Sendo assim, o foco agora deve estar na sustentabilidade do setor. Jogos menores e mais eficientes podem reduzir custos de desenvolvimento e oferecer experiências mais satisfatórias para quem não pode se dedicar dezenas de horas a um único título.

 Além disso, inovações na forma como os jogos são consumidos, como opções de narrativa condensada e sistemas de progressão mais flexíveis, podem ajudar a manter o interesse do público sem comprometer a profundidade dos games.

 Dessa forma, fica claro que a indústria precisa se reinventar para atender às novas demandas dos jogadores. Afinal, o tempo é um recurso cada vez mais valioso, e quem souber aproveitá-lo da melhor forma certamente sairá na frente.

 Fonte: Midiaresearch

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