Para showrunner de TLOU, só a Bíblia pode superar GTA 6 em vendas vitalícias

Para showrunner de TLOU, só a Bíblia pode superar GTA 6 em vendas vitalícias

O que esperar de GTA 6, um jogo que já está sendo comparado com a obra mais distribuída da história da humanidade?

 Poucas obras no mundo do entretenimento conseguiram gerar tanto hype quanto Grand Theft Auto VI. O próximo capítulo da icônica franquia da Rockstar Games sequer tem uma data de lançamento exata divulgada, mas já está cercado por uma expectativa que ultrapassa os limites do mercado de games. A escala da produção, o histórico da franquia e as projeções de vendas fazem com que especialistas e figuras da indústria vejam o jogo como um fenômeno cultural sem precedentes.

<<CLIQUE AQUI PARA ENTRAR EM NOSSOS GRUPOS NO WHATSAPP E RECEBA NOTÍCIAS NA PALMA DA SUA MÃO>>

 Além disso, essa grandiosidade toda acabou sendo reconhecida por ninguém menos que Craig Mazin — showrunner da elogiada série The Last of Us, da HBO — que comparou o potencial de vendas vitalícias de GTA 6 com… a Bíblia.

Uma comparação ousada — mas simbólica

 Durante uma entrevista recente, Craig Mazin afirmou que espera que GTA 6 se torne “a peça de mídia mais vendida de todos os tempos” — com a única exceção sendo a Bíblia. A declaração, claro, não deve ser entendida de forma literal. Afinal, estima-se que mais de 7 bilhões de cópias da Bíblia já tenham sido impressas. É impossível imaginar um game atingindo tal patamar, por mais popular que ele seja.

 No entanto, o que Mazin quis dizer é que acredita no potencial de GTA 6 para quebrar todos os recordes possíveis de mídia — e não apenas dentro do universo dos games. Ele fala sobre uma era em que produções de entretenimento se aproximam da intensidade de grandes filmes, sem abandonar o cuidado artesanal de seus criadores. E nesse aspecto, a Rockstar sempre se destacou.

GTA 6 tem tudo para ser o jogo mais trágico da série
Reprodução: Rockstar

GTA 6: Uma franquia acostumada a redefinir padrões

 Não é exagero dizer que GTA é uma das franquias mais influentes da história dos videogames. Desde GTA III, a série tem estabelecido novos parâmetros para mundo aberto, liberdade de gameplay e sátira social. Com GTA V, lançado em 2013, a Rockstar alcançou um nível de sucesso estratosférico: o jogo já vendeu mais de 190 milhões de cópias e continua gerando receita através do modo online, que se mantém ativo e relevante até hoje.

 Dessa forma, a expectativa natural é que GTA VI vá ainda mais longe. Analistas já apontam projeções de 40 milhões de cópias vendidas apenas no primeiro ano, com uma arrecadação de cerca de US$ 3 bilhões. Trata-se de um lançamento que, desde já, é tratado como o maior evento da indústria em 2025.

 

O olhar atento de Hollywood em GTA 6

 Ainda mais interessante é perceber como GTA VI atrai a atenção não só da indústria de jogos, mas também de Hollywood. Mazin ressalta que executivos e produtores do cinema estão observando “muito cuidadosamente” o desempenho do novo jogo da Rockstar. Isso porque o título pode redefinir as barreiras entre jogos e filmes em termos de escopo, narrativa e impacto cultural.

 Ainda assim, existe uma barreira importante entre os games de sucesso e as adaptações cinematográficas. Enquanto Hollywood busca inspiração no universo dos jogos para tentar replicar o sucesso de The Last of Us ou The Super Mario Bros. Movie, muitos projetos acabam fracassando. E é aí que entra a cautela de empresas como a Take-Two, dona da Rockstar.

GTA 6 no PC pode chegar antes do esperado; veja a previsão
Reprodução: Rockstar

Adaptações? Só com muito cuidado

 Strauss Zelnick, CEO da Take-Two, já deixou claro que adaptações para cinema e TV não costumam ser lucrativas. E ele fala com propriedade: antes de comandar uma das maiores publishers de games do mundo, Zelnick foi executivo da Columbia Pictures e da 20th Century Fox.

 Sendo assim, mesmo com o sucesso da série The Last of Us, a Take-Two evita entrar nesse território sem pensar duas vezes. Segundo Zelnick, é fácil se empolgar com os casos de sucesso, mas é importante lembrar que existe uma longa lista de adaptações que fracassaram tanto em crítica quanto em bilheteria.

O caso Borderlands: um alerta

 Um dos exemplos mais recentes desse risco é o filme de Borderlands. A adaptação, que teve nomes famosos no elenco e um orçamento robusto, acabou arrecadando apenas US$ 33 milhões ao redor do mundo. Um desempenho bem abaixo do esperado e que gerou repercussões negativas, inclusive na reputação das marcas envolvidas.

 Curiosamente, Craig Mazin esteve envolvido na produção do filme de Borderlands, mas abandonou o projeto antes do lançamento. Foi substituído por um roteirista creditado como “Joe Crombie”, cuja identidade ainda é cercada de mistério — há quem diga que esse nome sequer represente uma pessoa real.

 Dessa forma, o fracasso de Borderlands reforça a ideia de que nem todo jogo de sucesso se traduz em uma obra audiovisual eficaz. E, por isso, GTA provavelmente continuará sendo uma experiência exclusivamente interativa.

Imagem-principal-borderlands-4
Reprodução: Take-Two

BioShock é a próxima aposta

 Apesar da prudência, a Take-Two ainda aposta em adaptações em casos muito específicos. O filme de BioShock está em desenvolvimento na Netflix, mas sofreu ajustes e redução de escopo recentemente. Ainda é cedo para saber se o projeto terá êxito, mas ele representa um teste importante para o futuro das IPs da empresa fora dos games.

 Além disso, a escolha da Netflix, com seu histórico misto de adaptações de games, traz tanto esperança quanto incerteza. O desafio será adaptar um universo denso e filosófico como BioShock sem perder a essência que o tornou um clássico.

 

O legado de Craig Mazin e a visão do futuro

 Craig Mazin é uma figura curiosa em tudo isso. Sua carreira começou com comédias escrachadas como Todo Mundo em Pânico e Se Beber, Não Case, mas deu uma guinada dramática com Chernobyl, aclamada minissérie da HBO, e depois com The Last of Us. Seu olhar sobre o entretenimento vem justamente dessa versatilidade — e talvez por isso suas palavras sobre GTA 6 ganhem ainda mais peso.

 Ele entende que estamos entrando em uma era em que os jogos não são apenas passatempos, mas experiências imersivas com potencial emocional, técnico e narrativo equivalente (ou até superior) ao cinema. GTA 6, nesse contexto, seria o auge desse movimento.

Marque na agenda! Amanhã (08) será um dia importante para os fãs de The Last of Us
Reprodução: HBO

GTA 6: O jogo que desafia a mídia

 Assim, quando Mazin compara GTA 6 com a Bíblia, ele não está falando de números exatos, mas sim de relevância cultural. A Bíblia é o livro mais impresso da história por seu impacto religioso, histórico e filosófico. Já GTA 6 — ao que tudo indica — pode se tornar a maior obra de entretenimento já criada em termos de receita, alcance global e influência midiática.

 Ainda mais, essa comparação revela uma mudança de paradigma: o que antes era visto como “coisa de gamer”, agora é acompanhado com atenção por gigantes do cinema, da TV e da cultura pop como um todo.

 Se GTA 6 realmente será tudo isso que promete, só saberemos em 2025. Mas uma coisa já é certa: nunca antes um jogo foi tão aguardado, tão debatido e tão comparado com os maiores marcos da história da humanidade.

 Fonte: Gamespot

 Acompanhe todas as informações do mundo dos games aqui no Game Notícias.

Compartilhe nas redes sociais:

Facebook
Twitter
WhatsApp

Conteúdos Recentes: