Confira nosso review de POPUCOM
Eu costumo dizer que todo jogo cooperativo parte de uma ideia poderosa: compartilhar a experiência. POPUCOM, desde o início, se apresenta exatamente com esse propósito. No entanto, por mais colorido e acessível que ele seja, o jogo encontra seus limites mais rápido do que eu gostaria.
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Sendo assim, mergulhei nessa jornada sabendo que era obrigatório estar acompanhado. E isso já o torna diferente da maioria dos títulos atuais. Aqui, jogar sozinho simplesmente não é uma opção. Você precisa de outra pessoa para avançar no modo história — e, no modo festa, pode reunir até quatro participantes. Apesar da limitação inicial, confesso que essa exigência acabou funcionando como um ponto positivo: tudo se torna mais leve e engraçado com alguém do lado, seja localmente ou via Remote Play.
Primeiro impacto: leveza, cor e familiaridade
É difícil não sorrir ao iniciar POPUCOM. Os visuais são vibrantes, com um estilo cartunesco bem lapidado e animações que parecem saídas de uma série animada. Ainda mais interessante é o ritmo inicial: ágil, descomplicado e bastante familiar. O jogo não esconde suas influências. De cara, senti ecos de It Takes Two na estrutura cooperativa, toques de Overcooked na dinâmica de caos controlado e até um pouquinho de Mario Party na forma como os minigames são apresentados no modo festa.
Além disso, o Remote Play da Steam funciona perfeitamente. A possibilidade de convidar alguém para jogar sem que essa pessoa tenha o jogo é simplesmente excelente. Dessa forma, POPUCOM consegue alcançar mais gente, o que reforça sua proposta inclusiva.

A simplicidade que encanta — e cansa
Durante as primeiras horas, eu estava me divertindo genuinamente. Os puzzles, ainda que simples, tinham um certo charme. As interações com o cenário, o sistema de combinação de cores e os desafios de movimentação criavam situações cooperativas agradáveis. No entanto, o entusiasmo começou a diminuir conforme percebi que o jogo raramente saía da zona de conforto.
Ainda mais frustrante é ver que, embora o jogo introduza novas mecânicas ao longo da campanha, nenhuma delas realmente muda o ritmo da jogabilidade. O desafio permanece baixo, os inimigos continuam fáceis de derrotar, e a sensação de repetição começa a pesar. Mesmo jogando com alguém — o que sempre deixa tudo mais divertido —, ficou claro que o jogo foi pensado quase exclusivamente para um público infantil.

Isso, por si só, não é um problema. POPUCOM tem todo o direito de mirar nas crianças e novos jogadores. Porém, para quem já está acostumado com jogos mais profundos ou criativos, a campanha parece se arrastar em alguns momentos. Ainda assim, reconheço que o título se mantém funcional e, principalmente, muito acessível.
Não esperava uma história elaborada, e o jogo confirmou isso rapidamente. A trama gira em torno de um mundo invadido por criaturas chamadas Pomus, e cabe a você e seu parceiro salvar o dia utilizando habilidades coloridas. Embora não haja reviravoltas nem profundidade, tudo é apresentado com um bom ritmo. O tom leve e quase inocente da narrativa combina perfeitamente com o estilo visual e o público-alvo do jogo.
Modo Festa: o respiro necessário
Quando a campanha começou a perder fôlego, decidi experimentar o modo festa. E, felizmente, ele trouxe uma leve renovação ao gameplay. Os minigames são simples, mas funcionam bem para uma tarde despretensiosa com amigos. Ainda mais se você estiver com crianças ou jogadores mais casuais, esse modo pode render boas risadas.
No entanto, assim como a campanha principal, os minigames também sofrem com a repetição. As regras são simples demais, e rapidamente se tornam previsíveis. Dessa forma, embora seja um bom complemento, o modo festa não sustenta sozinho o interesse por muito tempo.

✅ Pontos Positivos
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Coop obrigatório que incentiva a parceria real
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Visual colorido e animações muito bem feitas
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Remote Play gratuito funciona perfeitamente
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Fácil de entender e ideal para crianças
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Estética simpática que remete a desenhos animados
❌ Pontos Negativos
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Campanha extremamente simples e pouco desafiadora
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Mecânicas que se tornam repetitivas rapidamente
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Falta de profundidade narrativa ou de gameplay
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Pouca variedade nos puzzles e inimigos
Veredito: 7,0
POPUCOM é um jogo que entrega exatamente o que promete — e nada além disso. Ele acerta ao oferecer uma experiência cooperativa leve, acessível e simpática, especialmente para os jogadores mais jovens. Além disso, o uso inteligente do Remote Play permite que mais pessoas possam curtir a jornada juntas, sem barreiras de entrada.
No entanto, para quem já experimentou jogos cooperativos mais elaborados, fica difícil ignorar as limitações. A falta de complexidade nas mecânicas, a repetição dos desafios e a ausência de surpresas na narrativa tornam a experiência rasa com o passar das horas.

Ainda assim, não se trata de um jogo ruim. Muito pelo contrário: POPUCOM cumpre bem o papel de ser um jogo para introduzir crianças ou jogadores casuais ao mundo da cooperação digital. Um jogo divertido e bem feito, mas que brilha apenas dentro de um público-alvo muito específico.
POPUCOM chega em 2 de junho para PC via Steam e Epic Games.
Informações adicionais
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Sistema onde foi feito a review: PC via Steam
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Tempo de review: 10 horas
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Desenvolvedor: Hypergryph
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Jogadores: 2 – 4
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Plataformas disponíveis: PC (via Steam e Epic Games)
Gostaria de agradecer à equipe da Hypergryph e à Theogames por nos fornecerem a chave antecipada para a produção deste conteúdo.
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